Porém, se é que o convite para ser co-administradora deste blog não dura até o fim desta minha primeira postagem, apenas, não vim aqui para falar bem do Rock in Rio, muito menos do show que fechou o festival. Vem cá, Axl, quis imitar a Rainha Elisabeth II no figurino do casório, foi? O cara me vestiu uma casca de banana para subir ao palco às três e lá vai linguiça da matina!
Bom, pelo menos a tromba já era de se esperar. O Axl nunca foi a pessoa mais adorável deste universo, e também nunca fez questão de mudar essa realidade. Ainda me admiro com a existência de pessoas que idolatram apedeutas (palavras de baixo calão serão fortemente evitadas), mas admiradores de ideais vazios existem, e aos montes. Quem se contenta em curtir assiduamente uma banda que foi cover (e cover dos piores!) de sua prórpia banda em duas horas de show só vai ficar sem um pouco do meu respeito. Só.
Ademais, se você curte o som do Guns, beleza! Procure apenas fazer a caridade de ouvi-lo com seus adoráveis fones de ouvido no busão. Não, brincadeira (mas pode levar a sério!). Kurt Cobain tinha uma voz excêntrica e era um grande bosta! Não é atoa que ele e Axl tinham lá suas desavenças; dois bostas não podem ocupar o mesmo espaço no universo. Se você gosta do Guns, não se iluda achando que o trabalho que o Axl faz na banda hoje, será o mesmo de quinze anos atrás. Quer ouvir coisa boa, essência de hard rock com boas lembranças da banda? Procure o trabalho que o Slash anda fazendo. Aí sim, pode botar em auto e bom som pra tocar no mercedão, tá liberado.
E, por favor, aprenda a discernir o que é moda do que é bom. Se o Guns n' Roses foi o empurrãozinho que você precisava para começar a ouvir guitarrinha distorcida, vá atrás de coisas ainda melhores. Procure evoluir, conhecer outros trabalhos, estudar boas vertentes musicais. Não estou pedindo pra você tolerar Ivete Sangalo no "Curva de Rio" (pelo menos ela canta Berimbau METALizado, vai!). Mas é que Guns... Guns já deu o que tinha que dar! Dez anos pra lançar um CD é sinônimo de muita falta de respeito com os fãs.
Deve-se achar bonito e de alta categoria, bons músicos brasileiros (e tem muitos!) para representar nossa nação (boas bandas como Hangar, Tempestt, Dr. Sin; e guitarristas como Sydnei Carvalho, Alex Martinho, Marcelo Barbosa, entre outros) e galera de fora que tenha respeito com o público, seja ele composto por cem mil pessoas ou por um milhão e meio; e que defenda a bandeira do rock n' roll. Não é legal ser um mala, seja você a Xuxa, o Tony Iommi ou o Darth Vader. Educação é bom, respeito também e o Rock in Rio já faltou com muito para os brasileiros. Cabe a cada um de nós considerar quem merece ou não nossa admiração. E que mereça por ser músico e ser humano de verdade.
Guns'n'Roses - Chinese Democracy - Live in Rock in Rio 2011
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